segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Governo diz que 48 cidades do país correm risco de epidemia de dengue


Dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) do Ministério da Saúde, divulgados nesta segunda-feira (5), mostram que 48 municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemia de dengue.
Cerca de 4,6 milhões de pessoas vivem nessas cidades, segundo o governo federal.
As 48 cidades estão em 16 estados e três delas são capitais: Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT), segundo o ministério.
O Liraa não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor.
Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde foram coletados em 561 municípios nos meses de outubro e novembro deste ano.
Em 2010, o número de cidades em risco era exatamente a metade, 24. No entanto, na ocasião foram consideradas 370 cidades, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, as cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões internacionais.
As cidades que estão abaixo de 1% são de baixo risco e os municípios intermediários caracterizam situação de alerta.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, há 236 cidades em alerta e 277 em baixo risco.
'Vencer a batalha'
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que a situação dessas 48 cidades é especialmente delicada porque o período mais intenso de chuvas – que beneficiam a proliferação do mosquito – ainda não chegou.

“Classificamos eles exatamente pela previsão de que em janeiro, fevereiro, haja infestação ainda maior. Eles estão no momento final para vencer a batalha”, disse.
Padilha afirmou que essas cidades receberão uma orientação especial sobre como combater as infestações.
Além disso, o ministério está repassando R$ 90 milhões para ações de prevenção em 989 municípios, informou Padilha.
As cidades que atingirem metas de redução dos casos de doença e de infestação no ano que vem poderão receber 20% a mais da verba.
Locais de proliferação
Nas regiões Norte e Sul, os mosquitos transmissores da dengue estão concentrados principalmente no lixo, enquanto no Nordeste e no Centro-Oeste o problema está relacionado ao abastecimento de água, pois a maioria dos focos foram encontrados em caixas de água e poços.

Redução de casos
Segundo o ministério, houve redução de 25% dos casos suspeitos da doença registrados até novembro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2011, foram 742 mil casos de dengue, enquanto em 2010 foram registrados 985 mil até novembro.

A maior redução foi registrada no Centro-Oeste, onde houve 211 mil casos no ano passado e 48 mil neste ano, redução de quase 80%. Sul e Sudeste também tiveram redução de 13% e 25%, respectivamente. O Norte e o Nordeste, porém, aumentaram os casos em 28% cada um.
Para o ministro, um dos motivos da redução é a intensificação da vigilância por meio do programa que utiliza o microblog Twitter para identificar os locais de risco. Por meio da página do ministério, a população manda informação em tempo real sobre casos suspeitos em sua região.
Com isso, a Saúde produz um relatório semanal e alerta os municípios de forma rápida, antes que epidemia se instale. “A ferramenta que busca descobrir se há comentário, se as pessoas se antecedem a notificação dada pelo município. Com esse dado, o ministério vai saber se a vigilância e a notificação estão sendo corretas”, informou Alexandre Padilha.

Dona de casa perde 12 kg ao cortar biscoitos, comer mais frutas e pedalar

Em um ano, a dona de casa Dulcinéia Fagundes da Silva, de 45 anos, eliminou 12 kg. Passou de 92 kg para 80 kg, cortando biscoitos recheados, trocando guloseimas por frutas e usando a bicicleta para ir até o banco ou ao supermercado.
Dulcinéia trocou o manequim 48 pelo 44 – era GG, agora é quase M – e perdeu 20 cm de cintura, 10 cm de quadril e 8 cm de busto.
“Eu e minha família emagrecemos muito, mas ainda não chegamos ao peso ideal”, diz a telespectadora, que tem 1,60 m de altura e pretende reduzir pelo menos mais 8 kg.
Uma grande mudança feita pela moradora de Corumbá (MS) foi diminuir o consumo de sanduíches como x-salada, de uma vez por semana para uma vez por mês. “Além disso, antes eu tomava mais refrigerante, agora prefiro suco natural”, conta.
Entre as frutas que a dona de casa, o marido e os três filhos mais gostam, estão: maçã, pera, uva, melancia, banana, laranja e abacaxi. “A gente come o que for da época, pela manhã, de sobremesa ou à tarde”, diz.
Dulcinéia ainda introduziu no cardápio mais folhas e legumes. “Também comíamos pouco arroz com feijão, agora é todo dia”.


Cigarro mata 200 mil pessoas por ano no país, segundo o Inca


Cerca de 25 milhões de brasileiros são fumantes. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 200 mil pessoas no país morrem por ano em decorrência do cigarro.
Quem fuma adoece com uma frequência duas vezes maior que um indivíduo livre do vício. Também tem pior resistência física, fôlego, aparência e desempenho nos esportes e na vida sexual.

Em cada cigarro, um indivíduo dá cerca de dez tragadas. E o monoxímetro é o aparelho que mede o nível de monóxido de carbono no pulmão do fumante. O normal é ter entre zero e uma partícula por milhão.
Segundo o médico, o cigarro desencadeia quadros pulmonares graves, que fazem as pessoas se sentirem o tempo todo como se estivessem sem fôlego em uma corrida.
Depois de um tempo sem fumar, o corpo implora por nicotina. É nessa hora que o indivíduo passa por uma prova de fogo: a abstinência.
Por isso, é fundamental manter-se firme nesses momentos de provação. Com o tempo, as crises se tornam cada vez mais esparsas e menos intensas.
De acordo com Drauzio, a nicotina é a substância química que mais causa dependência e abstinência. Nesse sentido, é pior que a maconha, a cocaína e o crack.
Ao deixar de fumar, o indivíduo se empenha em contar o tempo de abstinência. Com o tempo, após cerca de seis meses, acaba esquecendo de fazer essa conta constantemente.
O médico também falou sobre fumantes passivos, que respiram até três vezes mais nicotina na fumaça que se desprende do cigarro, em relação ao que o fumante ativo inala quando traga. Por essa razão, o especialista pediu uma maior consciência para quem fuma, que não deve fazer isso em casa nem próximo de crianças, idosos ou mulheres grávidas.


O Papel da Mitologia na Vida Contemporânea

O homem em seu trajeto vivencial utiliza-se de instrumentos linguísticos e simbólicos como as metáforas e as parábolas para tanger seu próprio entendimento. A mitologia Grega, em especial, foi palco para expressivos filósofos e teóricos, como Sigmund Freud, na tentativa de substanciar suas descobertas tornando as mais atrativas e plasticamente harmoniosas. 


A mitologia citada em vários textos de Freud (1920) foi utilizada como recurso didático na compreensão dos símbolos em nossa realidade psíquica; assim como a lenda de Édipo empregada a teoria do Complexo de Édipo que retrata a relação tríade entre pai, mãe e filho tão essencial para o entendimento da formação estrutural do aparelho mental e nas construções de padrões comportamentais da personalidade, assim como, o uso dos textos mitológicos na teoria das obsessões e compulsões patológicas e tantos outros temas de ordem psicanalíticos ou filosóficos vinculados aos mitos e lendas milenares.

Tais estórias fazem parte da vida de cada um através de conceitos criados para explicar desde conceitos corriqueiros da vida comum como o narcisismo, por exemplo, até alguns nomes da medicina referentes à anatomia, como o tendão de Aquiles. A mensagem de cada lenda contada evidencia a possibilidade de revelar questões de difícil elaboração mental porque atingem o nosso universo emocional causando dor psíquica ou angústia. Dessa forma, conteúdos de ordem afetiva ou social como; tabus sexuais, orgulho, vaidade, ética, moral e outros vão sendo pouco discutidos ou ignorados nos seios familiares e sociais. A mitologia é um recurso pouco difundido nesses meios que tem o poder de dar leveza ao peso dos assuntos que afligem a alma humana.

Personagens da mitologia Grega como os deuses e deusas dão asas à nossa imaginação e fazem referências aos nossos sentimentos de onipotência, impotência, frustração, rejeição e tantos outros do repertório humano.

A propósito de ilustração cito a lenda do Rei Sísifo na Antiga Grécia. Homem de coração bondoso que amava seu povo sob todas as coisas, porém, de comportamento impulsivo, imediatista, mas humano e sensível com intensidade desajuizada. Mestre da astúcia encontrava soluções para os grandes problemas, mas arranjava outros ainda maiores.

Certa vez faltava lhe água em seu reino por longo período. Foi de encontro ao Rei Esopo, o responsável pelos rios. Este, irado por ter sumido sua filha repentinamente punia o povo da terra com a falta de água. Sísifo, com intenção de restituir a água para seu povo, entrega o deus Zeus, o regente do grande Olimpo, à Esopo como sendo o responsável pelo rapto de sua filha.

Sísifo consegue água em abundância, mas desperta a ira de Zeus que lhe manda Tânatus, o deus da morte para trazê-lo ao Olimpo. Tânatus, vaidoso e egocêntrico, aceita um colar de pérolas preciosas ofertado por Sísifo e ao colocá-lo descobre que se tratava de uma corrente para aprisioná-lo.

Com o deus da morte preso, os seres mortais não poderiam mais morrer. Despertou em Hades, o deus do inferno, raiva e protesto, pois não tinha em seu domínio os pobres mortais. Zeus como deus justo envia o deus da guerra, Marte, para libertar Tânatos e matar o Rei Sísifo.

Sabiamente Sísifo pede à mulher para que não o enterre, pois isso lhe salvaria das mãos de Zeus. Chegando ao Olimpo, o deus Zeus não pôde permanecer com Sísifo para sempre porque seu enterro não havia sido executado, dessa forma não poderia ser considerado como morto para os mortais e sendo um Rei devia lhe o direito a um enterro à altura.

O regente dos deuses, visivelmente contrariado, encontra-se obrigado a devolver Sísifo a Terra. O Rei pega sua esposa e sai pela vida a fora desfrutando das maravilhas terrenas.



De forma magistral, Zeus envia o deus Tempo para acompanhar o Rei astuto pela sua vida a fora. Os anos se passaram e o Rei Sísifo, velho e cansado, foi entregue ao deus Tempo e a morte, pois não havia lhe condições físicas e psíquicas para outras tentativas enganosas. Então ele se vê frente a Zeus.

Sua sentença foi decretada: subir uma montanha íngreme empurrando uma pedra que ao chegar ao seu topo fugiria de seu controle e rolava irremediavelmente para a base da grande montanha. Sísifo se via obrigado a empurrá-la novamente por toda a eternidade.

Finalmente, a lenda de Sísifo nos tem muito a dizer.

As situações diárias são provas constantes que invariavelmente temos que executá-las e para tanto contamos com a nossa capacidade interna para suportar as frustrações e planejarmos soluções viáveis para esses desafios. Muitas pessoas fazem das barreiras verdadeiros degraus para outros obstáculos ainda maiores formando quartéis com muralhas intransponíveis. A ansiedade gera o imediatismo e por conseqüência nos tornamos cada vez mais impulsivos e incapazes de autocontrole sobre as emoções mais arcaicas do eu.

O exemplo da lenda citada é apenas um esboço da importância dos escritos antigos como as mitologias Gregas na vida atual. A sabedoria milenar dos nossos antepassados, juntamente com as estórias mitológicas possibilita o contato com os conteúdos reprimidos da psiquê de forma genuína, deslocada e poética.

Talvez seja por essa razão que os grandes mestres das Ciências Humanas buscaram no imaginário mitológico o real do comportamento humano.

André Luiz de Senna Silva
Psicólogo
CRP- 14/01650-3