quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quem sente dor deve investigar as causas e não apenas tratar sintomas

A dor é um importante sinal de alerta de que algo no organismo não está bem e pode comprometer a integridade física ou funcional da pessoa. Apesar de incômoda, ela é necessária para nos proteger contra agentes agressores.


Cada indivíduo nasce com mais ou menos sensibilidade. Por isso, o jeito de sentir dor e a tolerância a ela são genéticos. E é difícil quantificar essa percepção, que também inclui características culturais, ambientais, sociais, etárias e de gênero.

Quando sentimos dor, as fibras musculares do local vibram e se expandem, o que nos leva a pôr a mão para segurar essa reverberação e "conter" as fibras, aliviando assim o desconforto.
 
Transtornos emocionais como ansiedade e depressão podem ampliar a dor. Cerca de 20% de todas as pessoas que procuram tratamento médico não têm nenhuma doença. A dor, nesse caso, é psicossomática, ligada a distúrbios psicológicos, à tensão ou ao excesso de trabalho.

Também há o lado inverso, em que 90% dos portadores de dores crônicas acabam desenvolvendo algum problema psíquico.

Quando é crônica, a dor exige cuidados constantes e, em geral, deriva de vários fatores. É motivo de mais de 80% das consultas médicas no mundo e uma das principais causas de falta ao trabalho no Brasil.

Já quem não sente dor nenhuma sofre de um problema chamado analgesia congênita da dor, em que o paciente apresenta um defeito na interpretação desse fenômeno.

É importante buscar ajuda médica se a dor constante durar mais de três meses e/ou atrapalhar sua qualidade de vida. Muitas pessoas não acreditam que esse sintoma é real e não procuram orientação nem tratamento. Além disso, meditação, terapia e controle do estresse são bons aliados.

Com a evolução dos tratamentos, alguns hospitais já usam uma escala para identificar o nível de dor do individuo, antes e depois de aplicar a terapia, e assim verificar uma possível evolução.

Por meio de uma fita ou faixa de papel com vários tons de uma mesma cor, partindo de uma sequência da mais clara para a mais escura, o paciente aponta qual a cor representa o seu nível de dor. Essa mesma escala pode ser utilizada com números, que vão de zero a dez, ou por meio da ilustração de carinhas (do sorriso à careta). Esta última é uma alternativa muito aplicada com as crianças.

A terapia da dor chegou ao Brasil há mais de 25 anos. O conceito de ela ser parceira inseparável da doença deixou de ser aceito e, hoje, há controle para os mais diversos tipos, desde a enxaqueca (que atinge 20% da população mundial) até as formas crônicas, que podem ser originárias de problemas mais sérios, como o câncer.

Fibromialgia

É uma síndrome, sem explicação definitiva, em que a pessoa sente uma dor generalizada. As teorias mais atuais dizem que a doença é uma espécie de falha no caminho de volta do sistema que inibe a dor.
Esse sofrimento constante e geral pode ter origem reumatológica, fisiológica ou neurológica. De 2% a 5% das mulheres de todo o mundo são diagnosticadas com fibromialgia, um problema que atinge dez mulheres para cada homem.

Neuralgia do trigêmeo

É uma dor crônica e está entre as mais graves e insuportáveis que existem (como se fosse um choque, uma fisgada ou uma agulhada). Entre 3 e 5 a cada 100 mil pessoas sofrem por ano com o problema, que afeta mais os indivíduos acima dos 60 anos.

A dor nesse nervo surge repentinamente e dura alguns segundos, mas tem o poder de desestabilizar a pessoa, por conta da intensidade. É frequentemente desencadeada por estímulos sensoriais específicos, como mastigação, escovação, fala ou um simples toque na pele.

O ser humano tem 12 pares de nervos cranianos (responsáveis por transmitir sinais sensoriais, como a visão e o olfato). Um desses pares é o trigêmeo, que pega a região das pálpebras, a lateral do nariz, as bochechas, o maxilar e a mandíbula. A dor pode ocorrer em qualquer um desses locais ou em mais de um ao mesmo tempo.

A causa da neuralgia do trigêmeo ainda é controversa. Uma das maiores possibilidades é um contato muito próximo entre um vaso arterial e o lugar onde o nervo nasce, que desgastaria a membrana do nervo e levaria à dor. Apenas 5% de todos os casos são provocados por tumores ou malformações.

Existe operação para aliviar a neuralgia. Em 70% dos casos, a cirurgia ajuda muito.

Nervo ciático

É uma dor que sai da coluna lombar em direção às pernas. As causas podem ser traumáticas, inflamatórias e até tumorais. Por isso, é importante procurar um ortopedista ou um neurocirurgião.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/quem-sente-dor-deve-investigar-causas-e-nao-apenas-tratar-sintomas.html

Quase 90% da população brasileira tem sangue dos tipos A ou O

O sangue funciona como um meio de transporte do corpo. É ele que distribui oxigênio, vitaminas, nutrientes, remédios e células de defesa onde é necessário.
Os especialistas também falaram sobre anemia e doenças infecciosas que podem ser descobertas por um exame de sangue, como HIV, sífilis, mal de Chagas e hepatites B e C.

Os glóbulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias) têm uma identidade que permite a classificação do sangue em A, B, AB e O. No Brasil, os grupos mais comuns são o O e o A, que abrangem 87% da população. O B responde por 10% e o AB, por apenas 3%. Japoneses, por exemplo, têm mais sangue B. É possível que filhos tenham tipo sanguíneo diferente do dos pais.
O tipo sanguíneo também é identificado pelo fator Rh positivo ou negativo. Cerca de 85% das pessoas têm Rh positivo.

Doação

O tipo O- é considerado doador universal e o AB+ é o receptor universal, ou seja, pode receber sangue de qualquer um.
Cada bolsa de sangue, com 400 ml, é capaz de salvar até quatro vidas. Entre os beneficiados, estão vítimas de acidentes, transplantados e pacientes com problemas de coagulação.
Estima-se que 3 milhões de brasileiros sejam doadores regulares. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seriam 4 milhões, para impedir faltas pontuais nos estoques dos bancos de sangue.
A doação dura cerca de uma hora e não traz riscos à saúde. A medula repõe o sangue retirado em até 2 meses nos homens e em 3 meses nas mulheres.
Segundo a portaria 1.353 publicada no Diário Oficial da União em 14 de junho, com o objetivo de ampliar a faixa etária e aprimorar a triagem dos candidatos, a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade ou homossexualidade) não deve ser usada como critério para a seleção dos doadores, por não constituir risco em si própria. Ou seja, não deverá haver, no processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, raça, cor ou etnia.
Com essa medida, a previsão do Ministério da Saúde é de que aproximadamente 14 milhões de brasileiros sejam incentivados a se tornar doadores em potencial.

Requisitos para doar

- Ter entre 16 e 68 anos (jovens de 16 e 17 anos precisam da autorização dos pais)
- Pesar mais de 50 kg
- Apresentar bom estado de saúde
- Não estar em jejum
- Aguardar pelo menos 12h após ingerir bebida alcoólica
- Esperar de 6 a 12 meses após fazer tatuagem ou tirar piercing da região oral ou genital
- Não doar para testar se você tem alguma doença sexualmente transmissível (DST).

Anemia

Para evitar a anemia, que é uma deficiência na produção de hemácias, consuma de uma a duas porções diárias de carnes e ovos. Uma porção é o equivalente a um bife ou duas fatias de lagarto, por exemplo.
Verduras também ajudam a prevenir o problema. Ingira três porções diárias, sendo que uma porção é um pegador generoso (ou duas colheres de sopa) de couve refogada, por exemplo.

Os melhores sucos são aqueles que contêm vitamina C e ajudam a absorver o ferro dos alimentos. São eles:
- Acerola
- Laranja
- Kiwi
- Morango
- Tangerina

Sinais de alerta para anemia: fadiga generalizada, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengiva e palma das mãos), menor disposição para o trabalho, apatia e dificuldade de aprendizagem nas crianças.

Os requisitos para ser um doador de medula são os mesmos de um doador de sangue?



Não totalmente. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde pode doar medula óssea. Neses casos, é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes, que vão determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.

Gestante pode doar sangue?

Não. A gestação é motivo de inaptidão temporária para doação de sangue até 12 semanas após o parto.

Quem está amamentando pode doar sangue?


Não podem ser aceitas como doadoras as mulheres em período de lactação, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses.

Por que pessoas com epilepsia não podem doar sangue?

Podem, desde que 3 anos após a suspensão do tratamento e sem relato de crise convulsiva.

Quero doar sangue, mas estive gripado na semana passada e estou tomando antialérgico. Vou ser impedido?

O candidato que estiver gripado e com febre com temparatura maior que 38 graus tem que aguardar 2 semanas após o desaparecimento dos sintomas para fazer a doação. Se estiver apenas resfriado e sem sintomas no dia, pode doar. Se tem rinite e está na fase aguda ou tomando algum medicamento, é preciso aguardar o desaparecimento dos sinais e a suspensão do tratamento.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/quase-90-da-populacao-brasileira-tem-sangue-dos-tipos-e-o.html